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"Violência Obstétrica: O Que é e Como se Proteger Desse Abuso Silencioso"

Você sabia que muitas mulheres sofrem violência obstétrica sem sequer perceber? Esse abuso silencioso pode deixar marcas profundas, tanto físicas quanto emocionais. Hoje, vamos falar sobre o que é violência obstétrica e como você pode se prevenir e se proteger nesse momento tão delicado.


Violência Obstétrica: O Que é e Como se Proteger Desse Abuso Silencioso

Oi, mamães e futuras mamães! O tema de hoje é sério e extremamente necessário: violência obstétrica. Eu sei que essa expressão pode soar forte, mas é justamente porque se trata de algo que precisa ser falado abertamente. Muitas mulheres passam por isso e, muitas vezes, nem se dão conta de que foram vítimas de um abuso. E, como terapeuta perinatal, sinto que é meu dever informar e ajudar você a se proteger.

O Que é Violência Obstétrica?

Vamos começar pelo começo: o que exatamente é violência obstétrica? Esse termo se refere a qualquer ação, verbal ou física, praticada por profissionais de saúde durante o pré-natal, parto ou pós-parto, que causem sofrimento ou dano à mulher. Pode ser desde comentários insensíveis e humilhantes até procedimentos médicos desnecessários ou realizados sem o consentimento da mulher.

Por exemplo, imagine estar em trabalho de parto e ouvir do médico: “Se não colaborar, vamos ter que fazer isso do jeito difícil”. Ou então, ser submetida a uma episiotomia (aquele corte feito entre a vagina e o ânus para facilitar a saída do bebê) sem que ninguém te pergunte se você concorda com o procedimento. Isso é violência obstétrica.

Formas Comuns de Violência Obstétrica

A violência obstétrica pode se manifestar de várias formas. Aqui estão algumas das mais comuns:

  1. Comentários Humilhantes ou Insensíveis: Frases como “na hora de fazer não doeu, né?” são mais comuns do que você imagina. Esse tipo de comentário é não só desnecessário, mas cruel.

  2. Negligência: Quando a equipe médica ignora as queixas ou preocupações da mulher, deixando de prestar o atendimento adequado.

  3. Realização de Procedimentos Sem Consentimento: Episiotomias, cesáreas, e até o uso de fórceps sem a devida explicação e consentimento da mulher.

  4. Apressar o Parto: Forçar a mulher a ter um parto mais rápido do que o necessário, usando ocitocina sintética sem indicação médica adequada, para conveniência da equipe médica.

  5. Impedir a Presença de Acompanhantes: Negar o direito da mulher de ter alguém de sua confiança ao seu lado durante o parto.

Como Se Prevenir e Proteger

Agora que entendemos o que é violência obstétrica, vamos falar sobre como se proteger e garantir que seus direitos sejam respeitados.

  1. Informe-se e Empodere-se: O primeiro passo é se informar. Conheça seus direitos e entenda que você tem o poder de dizer “não” a qualquer procedimento com o qual não se sinta confortável. Saber o que esperar e o que é considerado normal durante o parto pode ajudar você a identificar se algo não está certo.

  2. Elabore um Plano de Parto: Já falamos sobre a importância do plano de parto, mas aqui vai mais um motivo para você fazer o seu. Especificar seus desejos e limites por escrito pode ser uma forma eficaz de garantir que suas vontades sejam respeitadas.

  3. Escolha Bem Sua Equipe de Parto: Certifique-se de que você está rodeada de profissionais em quem confia. Não hesite em trocar de médico ou hospital se sentir que seus desejos não estão sendo respeitados.

  4. Tenha um Acompanhante de Confiança: Leve alguém com você que conheça suas vontades e que possa intervir em seu nome, se necessário. Esse apoio pode ser crucial em momentos de vulnerabilidade.

  5. Denuncie: Se você sentir que foi vítima de violência obstétrica, não tenha medo de denunciar. Existem órgãos competentes que podem te ajudar, como o Ministério Público e conselhos regionais de medicina.

Finalizando

Mamães, o parto deveria ser um momento de empoderamento e não de submissão e dor desnecessária. É essencial que você se sinta segura e respeitada durante todo o processo. A violência obstétrica é uma realidade que muitas enfrentam, mas podemos e devemos lutar contra ela.

Se você tiver dúvidas ou precisar de apoio, saiba que estou aqui para ajudar. Juntas, podemos fazer com que cada parto seja uma experiência digna, respeitosa e, acima de tudo, humana.

Um grande beijo,Diana Bessas


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